Wednesday, November 25, 2009
morning yearning
não tive o meu momento de mágoa, ou despedida, ou aceno. não deixei chorar este amor que sinto por ti, da marca inesgotável que me me deixaste. lembro-me, escrevi-te que sempre foste a minha professora, mas não fui a tempo de to dizer. o teu amor por ele sempre foi o meu conto de fadas preferido e nem me lembro da sua altura e das suas pastilhas rennie. só soube longe um túmulto, uma sombra de perda e nem a pude sentir. é estranho eu desde essa altura só querer um pouco dessa sombra gélida a tocar-me a pele, mas estava longe e tu nunca partiste para mim. passaram-se quatro anos e nunca realizei que foste mortal, que não estás aqui. há tanto tempo moro numa casa com a fisionomia da tua e não me encontro longe de ti. penso que estás apenas a dormir no andar de cima. e hoje li-te e caí em mim; dói-me que te doesse tanto assim viver, e no fundo do meu poço de dor por ter finalmente realizado que já não estás aqui, fico feliz por teres apaziguado o teu coração, indo ter com o teu amor. Mas dói-me que as coisas mutáveis sejam mortais, que a tua cara posta naqueles que eu ame me traga saudade. não me perdoo por não ter estado cá, e não sei lidar com isso, por mais anos que passem, por mais aprendizagens, por mais morte que surja; tu foste a primeira a abandonar-me, e não é o teu deus que me vem confortar. rasguei o coração ao ler a tua solidão interior, o retrato na cama ao lado, o envelhecimento prematuro. eu sei que estás com ele agora, mas porque não estás comigo também? o mundo sente a tua falta; consigo ver-te como te vi a última vez.
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2 comments:
avózinha..
yap.. avozinha..*
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