Saturday, January 15, 2005

Baixo astral. Motivos de simulação de humores. Simulação de palavras, rumores de sentimentos estranhamente simulados. Réplicas de tremores, de terramotos de pensamento. Assimilam-se culturas, assimilam-se histórias, apuram-se os poros, perseguem-se tesouros. E depois farta-se. Depois desiste-se. Depois penetramos em nós e esquecemos como a vida é bela, e tudo porque a desilusão nos fez esquecer a arte de viver. Esquece-se que é bom viver, esquece-se o poder da felicidade, damos permissão à dor, permissão que ela entre no nosso coração. E chamamos corajosos àqueles que deixam as fadas entrar para a tirarem do coração. Há quem viva com ela para sempre. Esses têm mais temor a se conseguirem perdoar, a se libertarem do que viver com a dor para sempre, com ela presente como uma sombra nos dias felizes e sempre, sempre presente no olhar naqueles dias de preto no branco, naqueles dias frios de tristeza. Eu não esqueci. Eu não dei permissão. Mas a fada entrou na mesma. Eu não sou corajosa, mas ela obrigou-me a ser. Hoje o sol é quente e o arco-íris tem 7 cores outra vez.

No comments: