Sunday, March 13, 2005

Não sei porque te procuro. Não estavas lá, mas sabia que ias aparecer. Sei que também não devia escrever sobre ti. Não devia, mas também já desististe de me proibir. E eu deixei de me sentir proibida. Mas estupidamente continuo a procurar-te incessantemente no meio daquelas caras conhecidas, ou não. Nos sítios que penso que podes aparecer, procuro-te. Não estavas lá, mas irias aparecer naquele arco escuro. A noite prometia isso mesmo. E se não te visse no arco, via-te no fim da noite. Era uma certeza que eu tinha. Procurei-te com os olhos e encontrei-te. Sempre que te procuro, ou quase sempre, encontro-te. É esta a noção que eu guardo. Não estavas relativamente perto de mim, mas eu via-te sempre numa perspectiva de 3 metros à frente. Três metros não, mais. Os meus olhos não recebiam muita luz, tinha-me habituado à luz branca do restaurante, e quando saí lá para fora senti a diferença. Também senti diferença quando apareceste. Não sei bem como é que fiquei, mas tentei parecer indiferente. E a questão é que não estava indiferente, na tua presença nada é indiferente. É sempre tudo tão diferente, não sei explicar que significado é que tem. Sei que é dificil para ti. Todos sabemos. Mas procuro-te sempre com os olhos, como não posso fazer o que quero limito-me a observar. Te.

1 comment:

Anonymous said...

"But the lord knows that I'm not you/ And if I was, I wouldn't be so cruel/ Cause waitin' on love ain't so easy to do". É a primeira vez que comento um blog, e não sabendo bem o que dizer, achei que esta musica se encaixa +/- na situação.. sei que não tamos muito juntas, mas se alguma vez precisares de falar só mesmo porque te apetece fala. Tenho aprendido que nesse aspecto a fala é um meio optimo pa "melhorar" essas cenas. Beijinhos Cátia Froes
p.s- O nome da música é "Sitting, waiting, wishing"...