Apercebi-me que não sou imortal. Já não era sem tempo, oiço alguns dizerem. Não. Têm toda a razão. Por todo o tempo em que me achava privilegiada, que tinha direito a uma vida eterna para rectificar todos os meus erros, para os tornar oportunidades para melhorar. Me melhorar. Sei que é importante aprender com os erros. Mas no meio de tanto erro é impossível fazer de cada um um palco de guerra e tirar daí a moral. É preciso é ter bom senso. Apercebi-me que não sou imortal. Vou ser sincera estou a adorar sentir-me inteligente acerca de mim mesma, útil na minha própria vida. A sentir-me óptima por já não me lamentar que tudo de bom só acontece aos outros e ficar deprimida por atingir essa fórmula. Estou feliz por sentir que estou a aproveitar. Em parte foi o ir ao teatro do Pipo hoje e estar lá atenta a olhar para uma pessoa que mesmo a representar aguenta-se firme com pensamentos negativos que lhe passam a todo o momento pela mente. Com todo o coração. A razão de me deparar com os meus amigos sem sequer baixar uma vez os olhos e lembrar-me que pode doer. O entrar no carro do Manel e sorrir por nada me impedir. Agora sim estou a respirar novo ar. A viver como já alguém me disse.
1 comment:
Não páres de sentir as coisas assim. Nem te atrevas sequer a parar. Pessoas como eu dão-te um valor muito maior do que tu pensas. Obrigado Madalena. És diferente!
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