crescer vai dar tempo pra aprender.
Era bom que fosse inesgotável, como o era antes. Depois de ti, não me consegui guardar em memórias. Quero ter as minhas memórias quando for grande demais para um só sítio. Quando tiver pena por ter respirado fracamente durante quinhentos e quarente e sete dias e ainda hoje não ter conseguido recuperar(-me).
Ouve, não te culpo, agradeço-te. Porque me ensinaste que na vida as coisas podem doer, mas que mesmo assim ainda há sorrisos que nos podem arrepiar.
A água ainda não acabou na garrafa, mas de qualquer maneira não a posso beber. No fundo substituí a bomba de confiança e de à-vontade que estava e havia em mim, como os 50% de água que é desperdicada no nosso país, há diferença que em mim o desperdício é total, 100%. E esse nem é o fundamental da questão. Afinal Portugal é um país cada vez mais combustível, e eu encontro em mim cada vez mais escuridão, e uma porta ao fundo esconde o desejo de ser feliz. Essa mesmo fechada é visível aos olhos que maldade contêm, que a tentam abrir e arrombar e queimar tudo o que nela existe. Porque o horror vos diverte e de tantas portas fechadas não tive de abrir nenhuma para perceber que vão morrer sozinhos.
Porque esta vai ser mais uma daquelas coisas que vou ter de aguentar, peter.
1 comment:
foi na aula de português, não foi? vejo alusões a vacas leiteiras e lésbicas dominadoras.
peter? Peter Pan?
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