Lembro! Nunca mais passeamos a beira mar, mesmo no inverno. Nunca mais andamos de bicicleta depois da escola. Nunca mais passamos nakele carreirinho de terra batida a caminho da loja do sr Joao. Nunca mais passeamos a Nicky em dias chuvosos. Nunca mais acendemos a lareira e ficamos todos juntos a rir com um programa qq na televisão. Nunca mais fomos felizes como outrora. Nunca mais fomos nós outra vez. Gosto de ti M! Bj
Bem me lembrei de fazer uma resposta (há já algum tempinho)… foi isto que surgiu.... em +de 550!peço no entanto desculpa pela falta/ou excesso de ponderação...
‘Saudades tenho do que nunca fui! Do que nunca ousei ser! Do que nunca ambicionei ter! mas que seria “ter” realmente?’...o que é ter senão uma ilusão momentânea onde nos damos a perdição de nos ver abraçar um sólido pensamento... o que seria, realmente, “ter”? senão uma tragédia!?’
Por mero acaso, num louco dia, por todos serem loucos, li: “Há duas tragédias na vida: uma a de não satisfazermos os nossos desejos, a outra a de os satisfazermos” Mas que outro momento existe senão este? Que outro momento existe senão este para sermos tudo quanto havemos de ser? Provavelmente nenhum! Portanto deixa a “insanez”(o passado) que te consome o presente. (Insano é aquele que lamenta agora ter em tempos outros perdido tempo lamentado seu passado (ou sua inexistencia)...ciclo vicioso – de quem eternamente lamentará... de quem vive no passado (ou na sua inexistencia)...)
* Suponho até que nos é, somente, permitido ter saudades do que nunca se teve! Do que se teve são meras recordações, lamentos de quem vê o tempo suavemente passar! (filosofia ilógica mas dá que pensar, ou não – isto foi o que tentei transmitir no 1º paragrafo...lol )
Não te deixas a ti ser castelo que persiste, é que Saudades são como ondas metafísicas que eternamente se quebram na despida areia, tentando invadi-la... (Ondas que sempre ficam por chegar! Por nunca partirem!) Ondas que silenciosamente vão destruindo nossos exaustos castelos de areia... Persistência de génio!...mera estupidez ...daquele que se julga capaz de combater o tempo/natureza/entidades superiores. Dá-te ao prazer de ser destruída! De ir mergulhar nas eternas ondas...Para depois voltares a erguer-te (enquanto castelo) cada vez de forma mais perfeita...! (não sei se perceberás esta alegoria...nem eu a percebo...aliás isto nem sequer é uma alegoria...mas o resume desta parte é: o momento muda e com ele temos nós também de mudar. Não podemos ficar parados nele! Temos de aprender com ele! E liberta--lo!...Acho que no fundo todos temos saudades! É bom tê-las!...no entanto temos de viver com que temos...
Vos deixo porém um enxerto de poesia que espero que goste e que possa ajudar na compreensão de minha resposta (acho que no fundo ele é a real resposta e o resto é tudo blá blá) até tenho pena de não ser só ele a resposta, mas haveis pedido 550...
“(...) Se em certa altura/ Tivesse voltado para a esquerda em vez de para a direita;/ Se em certo momento tivesse dito sim em vez de não, ou não em vez de sim;/ Se em certa conversa/ Tivesse tido as frases que só agora, no meio-sono, elaboro—/ Se tudo isso tivesse sido assim,/ Seria outro hoje, e talvez o universo inteiro/ Seria insensivelmente levado a ser outro também.
Mas não virei para o lado irremediavelmente perdido,/ Não virei nem pensei virar, e só agora o percebo;/ Mas não disse não ou não disse sim, e só agora vejo o que não disse;/ Mas as frases que faltou dizer nesse momento surgem-me todas,”
Fernando Pessoa.
- dá que pensar... não vou comentar o poema para caso penses nele não te afectar com meus pensamentos
Bem acho que chega!... acho que já te causei demasiada dor na simples leitura desta tentativa dum texto...escrevi + este texto para mim do que para si! lol vos desejo um boa continuação de dia ou noite...porte-se bem
2 comments:
Lembro!
Nunca mais passeamos a beira mar, mesmo no inverno.
Nunca mais andamos de bicicleta depois da escola.
Nunca mais passamos nakele carreirinho de terra batida a caminho da loja do sr Joao.
Nunca mais passeamos a Nicky em dias chuvosos.
Nunca mais acendemos a lareira e ficamos todos juntos a rir com um programa qq na televisão.
Nunca mais fomos felizes como outrora.
Nunca mais fomos nós outra vez.
Gosto de ti M!
Bj
Bem me lembrei de fazer uma resposta (há já algum tempinho)… foi isto que surgiu.... em +de 550!peço no entanto desculpa pela falta/ou excesso de ponderação...
‘Saudades tenho do que nunca fui! Do que nunca ousei ser! Do que nunca ambicionei ter! mas que seria “ter” realmente?’...o que é ter senão uma ilusão momentânea onde nos damos a perdição de nos ver abraçar um sólido pensamento... o que seria, realmente, “ter”? senão uma tragédia!?’
Por mero acaso, num louco dia, por todos serem loucos, li: “Há duas tragédias na vida: uma a de não satisfazermos os nossos desejos, a outra a de os satisfazermos”
Mas que outro momento existe senão este? Que outro momento existe senão este para sermos tudo quanto havemos de ser? Provavelmente nenhum! Portanto deixa a “insanez”(o passado) que te consome o presente.
(Insano é aquele que lamenta agora ter em tempos outros perdido tempo lamentado seu passado (ou sua inexistencia)...ciclo vicioso – de quem eternamente lamentará... de quem vive no passado (ou na sua inexistencia)...)
* Suponho até que nos é, somente, permitido ter saudades do que nunca se teve! Do que se teve são meras recordações, lamentos de quem vê o tempo suavemente passar!
(filosofia ilógica mas dá que pensar, ou não – isto foi o que tentei transmitir no 1º paragrafo...lol )
Não te deixas a ti ser castelo que persiste, é que Saudades são como ondas metafísicas que eternamente se quebram na despida areia, tentando invadi-la... (Ondas que sempre ficam por chegar! Por nunca partirem!) Ondas que silenciosamente vão destruindo nossos exaustos castelos de areia...
Persistência de génio!...mera estupidez ...daquele que se julga capaz de combater o tempo/natureza/entidades superiores.
Dá-te ao prazer de ser destruída! De ir mergulhar nas eternas ondas...Para depois voltares a erguer-te (enquanto castelo) cada vez de forma mais perfeita...!
(não sei se perceberás esta alegoria...nem eu a percebo...aliás isto nem sequer é uma alegoria...mas o resume desta parte é: o momento muda e com ele temos nós também de mudar. Não podemos ficar parados nele! Temos de aprender com ele! E liberta--lo!...Acho que no fundo todos temos saudades! É bom tê-las!...no entanto temos de viver com que temos...
Vos deixo porém um enxerto de poesia que espero que goste e que possa ajudar na compreensão de minha resposta (acho que no fundo ele é a real resposta e o resto é tudo blá blá) até tenho pena de não ser só ele a resposta, mas haveis pedido 550...
“(...)
Se em certa altura/
Tivesse voltado para a esquerda em vez de para a direita;/
Se em certo momento tivesse dito sim em vez de não, ou não em vez de sim;/
Se em certa conversa/
Tivesse tido as frases que só agora, no meio-sono, elaboro—/
Se tudo isso tivesse sido assim,/
Seria outro hoje, e talvez o universo inteiro/
Seria insensivelmente levado a ser outro também.
Mas não virei para o lado irremediavelmente perdido,/
Não virei nem pensei virar, e só agora o percebo;/
Mas não disse não ou não disse sim, e só agora vejo o que não disse;/
Mas as frases que faltou dizer nesse momento surgem-me todas,”
Fernando Pessoa.
- dá que pensar... não vou comentar o poema para caso penses nele não te afectar com meus pensamentos
Bem acho que chega!... acho que já te causei demasiada dor na simples leitura desta tentativa dum texto...escrevi + este texto para mim do que para si! lol vos desejo um boa continuação de dia ou noite...porte-se bem
“Love is just a word but I’ll try it…”
Ps: não, não sou sexy... ;-)lol
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