Hoje enquanto falávamos de Deus, olhaste para nós com ar de descrença na cara.
Como se desacreditasses a nossa fé, como se achasses que não éramos tão merecedoras da Sua companhia como tu, que te entregas como entregas. Sabes, o que mais me dói quando olho para ti não é o abcesso da obsessão que trazes sempre contigo, é a maneira mais típica que encontraste para me desiludires.
Não que eu já não goste de ti. Eu gosto de ti, tiveste mais em mim durante três anos que ninguém a vida toda, da maneira como tiveste é claro. Mas como viras a cara ao facto de eu amar Deus da maneira como amo, nem sendo quase admiradora do afecto da Igreja. Sinceramente não percebo isso de uma pessoa que não concorde com as pragmáticas e os dogmas da Igreja tenha menos Deus dentro de si.
Eu sinceramente sei que tenho tanto Deus em mim como tu. Tenho a certeza. Mas o que faz doer não é isso, é o simples facto de dares na tua voz a descrença necessária para perceber que achas que eu não sou merecedora o suficiente do Seu amor, da Sua companhia.
Não sabes mais do que eu a felicidade que é trazer Deus connosco. Eu sei porque sinto, e tu não é por dares o teu corpo e couro à ordem religiosa que Deus te ama mais. Porque sabes, Deus ama-nos pelo que nós somos, não pelo que fazemos para O agradar. Ele sabe que mesmo que eu não vá na conversa do casamento e das relações sexuais e de tantas, tantas outras coisas eu O amo infinitamente, mais até que aqueles que dão a vida a dizer-se parte de Deus e portadores de uma fé enorme quando, no fim tudo o que conseguem fazer é virar a cara às pessoas que por eles fizeram tudo, magoando-os.
17 comments:
Eu gostava de gostar Dele assim tanto como tu.. E eu gosto, a questão é que falta qualquer coisa.
Acho que já sei.. Eu gostava é que Ele gostasse assim de mim.. como eu de outro alguem.
CDT M. Sempre.
Aqui ou ali.
No coração. Prometo
Desclpa-me mas assim tens um Deus feito a tua medida. Tu acreditas no teu Deus, num Deus como tu achas que ele deve ser.
Aqueles que seguem a Igreja, mesmo quando não percebem o que a Igreja diz, deixam-se moldar por Deus, abdicam da sua ideai de verdade para se entregarem a Verdade.
O homem não é a medida de todas as coisas, basta olhares para a imensidão das estrelas e percebes que elas estão muito para além da nossa medida.
Agora, Deus na sua ifininita misericórdia fez-nos a Sua imagem e semelhança e por isso temos em nós um desejo de algo muito maior do que o homem.
Concordo contigo, irmã de Maria. Acho que concordo mas nem isso importa.
Somos Deus, o conceito de Deus é íntimo, no amor que sentimos e na cumplicidade que partilhamos.
Acredito que os dogmas assassinam qualquer conceito de Deus, qualquer ideia que "sintamos" de Deus, pelo egoísmo, fechado em si mesmo, que em si encerram.
Acredito em Deus enquanto formos Deus.
Venoi
para mim Deus é o amor, Deus é a felicidade e é também a dor. Deus faz parte de nós em tudo o que somos. eu não tenho Deus à minha medida, tenho Deus à medida de tudo o que existe. Deus tá em nós. Eu sei porque sinto. Agora aqueles que se dizem eternos amantes da fé, que amam Deus só porque poderá passar por bem dizê-lo, e que depois cospem na cara de seus amigos, bem eu a isso nao baixo a cara. Porque Deus ama-nos pelo que somos e pelo que temos dentro de nós, não por aquilo que fazemos para merecermos qualquer coisa. Ou achas realmente que Deus ama mais quem se entrega a igreja do que quem O ame mais que tudo na vida mas que com certas coisas não concorde? Como me disse uma amiga minha "A Igreja traz em si erros, já que foi estipulada por homens com os ensinamentos de nosso Senhor. Errar é Humano." Eu simplesmente não me cabe na ideia ser olhada com rejeicao só porque vou contra certas regras da Igreja. Sinceramente não mudo por isso, simplesmente achava que o amor tolerasse qualquer aptidão, qualquer escolha, não só aquilo com que concordamos. Amor como quem fala de amizade, zé.
o titulo provem de cerca de 400 anos antes de Cristo, é natural que a filosofia não abrangesse o que realmente a vida pode trazer de bom, de Verdadeiro como tu falas. Eu sei disso. O titulo, nao que eu concorde, foi um ponto de partida, onde notei desgastantemente o que critiquei no meu texto, no meu post de tão grave numa presenca da minha vida.
Aquilo que vou dizer pode parecer uma seca, sobretudo porque não somos amigos, ainda assim digo-te com toda a amizade.
Independentemente do que as pessoas acham, tu és certamente merecedora da Companhia de Deus. Aliás, Deus, como Pai Perfeito, não abandona nenhum dos seus filhos. Os seus filhos é que O abandonam (não quero com isto dizer que seja o teu caso). A verdade é que nós é que corremos diariamente o risco, e muitas vezes deixamo-nos levar por ele, de abandonar a Graça de Deus.
A ideia de Deus ser imanente ao Homem e de Deus estar no nosso íntimo é uma ideia bastante perigosa, por duas razões.
Deus é a Fonte de tudo, Criador de tudo, pelo qual nada existe sem Ele, mas Ele existe independentemente do resto. Não existe em função da nossa existência, existiu sempre, e nós não. Assim se percebe, como me parece que tu reconheces, que não somos medida do real nem coisa que se pareça.
Depois, é preciso perceber que Deus não se sente (isto é uma teste típica do modernismo e do gnosticismo), não é uma ideia à qual se adere nem algo que se sente com o instinto. Como a Igreja ensina, a Fé é uma virtude intelectual, isto é, é uma virtude que não pode excluir a racionalidade, ou seja, a Fé é profundamente razoável, está cheia de razoabilidade. Em última análise, o acto de reconhecer a Presença de Deus (não uma presença abstracta e puramente formal, mas uma presença concreta numa companhia humana cuja unidade é a forma suprema da Sua manifestação) é um acto que não exclui a adesão racional, se se tiver em conta o conceito verdadeiro de razão humana ("olho escancarado para o real").
"Não é por dares o teu corpo e couro à ordem religiosa que Deus te ama mais." Esta é uma suposição perigosa também, porque os desígnios do Senhor nem sempre estão ao nosso alcance. Sabemos que Ele ama cada um infinitamente, mas sempre de maneiras diferentes, e não é verdade que oferecer a vida a Deus não seja uma forma de se receber mais, porque a felicidade está em ser-se santo, e o caminho para a santidade é um caminho de oferecimento a Deus, na certeza de que se recebe cem vezes mais (assim nos prometeu Cristo!).
Em último lugar, separar a Igreja de Cristo e vice-versa é enviesar toda a forma com que se aborda o problema da salvação da nossa vida, porque a Igreja é o prolongamene da acção de Cristo na História.
Beijinhos e bom ano!
Uma relação com Deus é sempre impermeável a qualquer tipo de “falsidade” só Ele sabe quanto O amamos, por vezes nem nós sabemos. E há uma coisa me faz pensar como Ele consegue adaptar-se a cada um. Deus tem todas as cores, fala todas as línguas, para uns é grande para outros é pequeno, para outros vale uma entrega por inteiro só para falar d’Ele e há outros que até têm a certeza que Ele não existe. Mas nunca se leu, ou disse, que Deus gosta menos de uns que outros. Deus é Pai, e um Pai não faz distinção entre filhos. Deus ama-te e sabe melhor que ninguém o quanto o amas.
Deus mostra-se a cada um de maneira diferente, uns chama-os para o sacerdócio a outros convida a outro tipo de vida em que Ele também participe, por vezes não reparamos que Deus nos convida a isso e continuamos o nosso caminho mas não é preocupante, mais tarde Ele mostra outro plano e se não aceitar-mos novamente não há problema, Deus gosta tanto de nós que não é capaz de desistir de nós.
Um Padre Alemão, o Padre Kentenish, fundador do Movimento de Schoenstatt, que foi o primeiro Movimento da Igreja Católica, esteve exilado nos EUA, por ordem da própria Igreja, por defender o seu Movimento, na altura era suposto não haver movimentos, mas o Tempo deu-lhe razão. Talvez sejas “parecida” mas aí está o desafio, uns não concordam e abandonam a Igreja, outros, como este Padre, lutam, como podem, para a mudar e hoje é algo perfeitamente normal um Movimento mas, foi preciso um Padre “desafiar” toda a autoridade Eclesiástica para que fosse se acordasse para uma modernização, não desistas, luta.
BJS
Desculpa, irmã de Maria, voltar aqui e para discutir Deus. Vê o que dizemos ao conceito de Deus: Uma discussão intelectual.
Sabes, irmã de Maria, para mim as Igrejas são grandes centros comunitários que partilham determinado dogma.Desgraçado do Deus que se identificar com uma dessas Igrejas e todas elas falam na convicção de falarem por esse conceito.
Apetece-me mais ter fé nakilo que sentes, irmã de Maria: Na amizade, no amor, na entrega, nessas lamechices todas que nos adoçam as horas
Venoi
Deus não é um sentimento, não é relativo, não vives Deus à "tua maneira". E primeiro lugar é uma pergunta, como recochecer que existe algo maior ti, é a consciencia da realidade, do real, que existe e nao depende de ti. Nas civilizações antigas a resposta do homem eram o Deus sol, Deus lua, Deus vento...A Igreja, o Cristianismo é a resposta verdadeira do homem ao seu sentido religioso, é a história de um homem que disse que era Deus.
Não sei se Deus gosta mais de mim ou de alguém por viver mais a sua igreja, é um facto é que vivo mais contente.
"Antigamente o homem inventou deus.
Invento um grito,
digo uma promessa,
qualquer coisa cheia de esperança
e num gesto de ser dia
far-se-á imagem de si;
e se de todo o tempo a carne se houver
serão gritos de mulher a parir o universo
a escorrer.
Eis o mistério da carne,
a verdade mais profunda da esperança
que o mistério eis".
Ai a tramoia dos julgamentos finais
Venoi
o ponto crucial do texto não é a maneira como tenho Deus na minha vida, o pouco que entenderam de mim explica o tao pouco do que me conhecem. Nao critiquei a Igreja não tao pouco tenho uma critica entalada na garganta acerca das suas leis e pragmaticas. Se me conhecessem saberiam isso. Nao é por isso que sou também menos justa e proibo comentário com opinião pouco a meu favor. Porque nao se trata isso, se se tratasse era facil há já muito que tinnha proibido comentarios. E por isso só tenho uma coisa para deixar bem presente. Eu ao saber o que Deus é para mim e ao me nao conformar que há pessoas que me olham de lado por isso, nao afirmo que nao me moldo constantemente À ideia de Deus para a Igreja. Como disse ao meu amigo pyny não há sitio onde me sinta melhor que numa igreja. e apesar de não ser um acto que faço tantas vezes quantas queria isso nao significa que tenha um aversão à igreja.
assim o que gostava que percebessem é que sei que Deus não é a minha medida e não é isso que afirmo, ao contrario do que voces pensam quando digo que sei o que Ele é para mim. E não digo que isso não mude nunca, aliás tá sempre a crescer em mim, a modificar-se mas existe sempre.
O post não era suposto gerar esta confusao toda acerca da minha fé ou a de todas as pessoas, teve em vista apenas na minha mente (como todos os posts) escrever o que me passa pela cabeça. só isso.
Nesse caso, Madalena, acho que deves arriscar ir à Igreja e procurar os Sacramentos, que são o sinal eficaz e concreto da Graça de Deus. Não existe forma mais concreta de se encontrar Deus, o Criador, para O qual fomos feitos e sem O qual o nosso coração vive inquieto. Acho mesmo que deves correr o risco, de procurar fazer experiência daquilo que a Igreja guarda como tesouro ao longo dos séculos (não as pragmáticas e as leis, que são consequência disso), a Presença de Cristo!
Beijinhos e bom ano!
Afinal chamas-te Madalena, irmã de Maria...lol
Perdoa ter provocado polémica; nao o prentedia. Tambem nao pretendi interpretar o que sentes em relação aos deuses que os homens criaram....pretendi apenas partilhar contigo aquilo que sinto.
Mas vou conter-me, prometo
Venoi
Venoi nao foi de todo uma critica à tua opiniao! de todo.. foi mais ao contestamento de outras partes.
A minha questão não é conhecer-te ou não, ou comentar o mais importante deste post.
A minha questão é simples e foi explicada muito bem pelo Eça mas eu reforço:
1- O homem não é a medida de todas as coisas, basta tu olhares as estrelas para perceberes isso.
2- Deus não depende em nada da tua ideia. Durante muitos séculos o homem procura o caminho para Deus, em filosofias mais ou menos certas e mais ou menos intelegente. A verdade é que traçaram caminhos impossiveis ou inuteis.
Mas há 2000 anos Deus revelou-se. Fez-se carne no seio de uma mulher. Morreu e ressuscitou ao terceiro dias e subiu aos céus.
Deixou na terra os seus amigos, guiados pelo Espirito Santo e que são instrumento através do qual Deus se revela ao homem hoje. Isto é a Igreja.
3- Não querendo ser deságradavel, eu quando digo esta coisas, não digo o que me vem a cabeça digo aquilo que a Igreja, guiada pelo Espirito Santo, com dois mil anos de experiência afirma.
Tu falas com ar dogmático sobre Deus baseada em que? Qual é a razão pela qual devo acreditar mais em ti do que na Igreja fundada pro Cristo e guiada pelo Espirito?
não pedi a ninguém que acreditasse em mim zé! apenas disse, alias nem disse a maneira como eu acredito ou não em Deus. apenas disse que nao acreditava num Deus a minha medida e não acredito, e ai esta a confusão. eu também não quero parecer de todo desagradavel! mas sinceramente ninguém que não me conheca podera dizer isso pois os que conhecem sabem que nunca terei Deus à medida do que quero. Não, nunca. Eu não quero que acreditem em mim zé, apenas quis mostrar e isso tens de saber aceitar é que cada um tem mais ou menos Deus dentro de si, conforme O aceitam ou devido a determinadas escolhas. E não tou por isso a dizer para acreditar mais em mim do que a Igreja, não! Por isso volto a dizer que Deus, sim é o tema da minha critica mas não é o que quero criticar, nem a medida e a quantidade de fé. Apenas critiquei a atitude de uma pessoa que torna por menos verdadeiros aqueles que não têm Deus na sua vida da mesma maneira que ela tem. Mas claro que como eu sou livre de criticar, essa pessoa é livre de fazer as suas escolhas. Mas as razões porque eu critiquei isso é outra história. peço desculpa pela confusão zé!
no entanto, irmã de Maria, assusta-me a História da Igreja.
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