Sunday, March 26, 2006
São estas ansiedades, que eu já não aguento mais: o meu sporting, o meu ténis, os dias que me matam, és tu e a ida. São coisas que me enchem o coração, os olhos, as mãos. As pessoas que perdi também, embora as tentativas, ou não-tentativas serve melhor, de esconder o conformismo que é frio, que gela. São olhares semicerrados, sorrisos de sincera aceitação, de escandalosas descobertas de mim, de frio e calor. Já estamos a tocar na porta do verão, no calor, na areia que passa com o vento, começar com as memórias de dias intermináveis, com a minha paixão pela beleza dos corpos queimados e pelas saudades do chá que passa a ice tea com gelo até cá acima onde os lábios tocam e tremem de frio - o contraste do frio com o calor - e a ansia nao estremece sequer. Não é como nós, que passamos a vida ora a morrer de frio, ora a morrer de calor, sinceros ou em defesa agreste. Ou como os dias em que falto aos treinos ou o sporting é roubado; ou eu faço três treinos por semana de duas horas cada um e o sporting maravilha-me com uma vitória à leão. Ou os testes que correm sempre mal; ou o relógio que é a maior ironia que eu encontrei dos meus medos nos últimos anos. É o cansaço que me arrasta, não digas que é a vida.
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4 comments:
dias melhores? eu convenço me de que eles virão. vem sempre, não é?
Mantém-te firme!
CDT M
Aqui ou ali. Sempre.
No coração. Prometo.
ansiedades
wake up, babe.
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