realmente é verdade, estas minhas lendas que toda a gente adapta para hoje.
"Tu não falas com ninguém, só falas com o teu blogue, e ai que tormentas!"
não é mentira de facto, ainda hoje falo com o meu blog, falo-lhe ainda que muito mais subtilmente, fora de medos ou fulgores ardentes; foi por isso que não desmenti.
Não é fácil submeter-me assim as estas ironias, mas submeto-me porque, lá está vasco, derreto-me toda com o sarcasmo e com o ser irónico, e para mim assenta que nem uma luva nestas reviravoltas, onde me perco sem pudor.
A madalena bate na mesma tecla e de lá não sai sem respostas, e depois claro que se ouve uma melodia exagerada e nada harmoniosa, as palpitações do meu pensamento romântico - lá acabo por estas eu com a minha falta de método, eu não sou nada práctica.
Normalmente exageraria, hoje se me perco é derivado de minha preferência, prescindir do mapa de outros indíviduos, guio-me com a palma da mão e com o coração; não é só escrever por escrever, porque se assim fosse eu teria bastante mais que escrever que aquilo que o meu pensamento normalmente fornece, mas é porque simplesmente, e afirmo isto descontraidamente, há coisas que eu não consigo perceber, há tanta coisa que eu não atinjo.
Há outras também que eu prefiro não saber, e elas que perpectuem no esquecimento das coisas perdidas que para mim é igual ao afogar de mágoas; mas essas não me trascendem, essas ficam por aí em mão-morta-vai-bater-àquela-porta para quem as queira colher (ou semear) ou envocar como pleno sentido técnico da minha existência. Mas essas coisas que eu não consigo mesmo entender e que moem, como moia o moinho lá na ericeira em tempo do conde da ericeira, é que são as incógnitas que tanto procuro.
e busco qual carapuço, se não obtenho respostas não é por isso que o latejar se torna em água-de-rosas, como se de cura para o incêndio se tratasse.
(e não só do hoje)
1 comment:
e são coisas assim... és-me tão igual.
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