Será coragem a termura do medo?

Está na hora de voltar, de deixar. Ja reli tudo o que havia a reler, aquele um quarto das coisas que nunca deveria ter feito.
Há uma dificuldade perdida que inalo e me faz abandonar o que faz sentido; há uma loucura embarcada nas roupas, nos cheiros, até nas coisas que só tenho aqui, que não me deixam querer partir. A mesma loucura que me faz querer ficar.
Mas faz sequer sentido, no meio das coisas que sentido nunca fizeram, que eu proclame coisas aqui? Não quero responder.
Há uma alma que me beija tão ardentemente na testa sempre que a vejo, que a toco, que a amo, que me ama também, mas nem isso é suficiente.
Não é só porque vou partir, vou aceitar esta luta constante de ficares e partires de lugares que aprendo a amar, porque dizem eles que a vida é feita de coisas assim, do gelo em areia salgada, de fogo em neve que cai do céu.
E não pode, recuso esta loucura assim.

Há um esgar de termura e a loucura do abismo.
E está na hora de voltar, vem a altura de partir.