Thursday, October 23, 2008

isso é mais saudável (mas menos verdadeiro). o que será o romantismo? será que se sente, que se vive, que se faz viver. ou que se pensa, que se formula, que se equaciona. será abstracto ou real? será magnético ou retractivo? será tão pouco uma forma de vida, ou um objectivo que de semântico é também impossível de atingir?

será que ao dizer uma quantidade indescrítivel de coisas bonitas, que se sentem de facto, um único gesto acaba com a veracidade dessas afirmações? será que o coração humano aguenta maldade tal de se mentir, sem saber mentir aos outros. ao gritar paixões que de severas são malignas, que de bondosas são também maliciosas? e a minha alma que grita a necessidade destes pontos de interrogação tecerem precaridade, uma necessidade atroz de quase sobrevivêcia, será que eles merecem sequer ser justificados? será que as respostas, que as há, haviam, haverão, merecem ser proclamadas?

ou será que eu sendo assim não chegarei a lado algum, que eu assim, a maldição abominante que me persegue não passa do meu destino, e que eu sem mais destreza terei de o aceitar. como o diabo carrega a cruz sem a sentir, só a temer, ou que o herói que se flangela pela morte de uns, não olha a meios para salvar a princesa. será que metáforas chegarão? será?

não chegará nunca, a auto-destruição é massiva. e sem ela, não consigo originar pensamentos furtivos, sem ela sou tanto, ou tão pouco. mas sem ela conseguirei ser feliz.

1 comment:

Anonymous said...

when our actions do not,
our fears do make us traitors

Macbeth, Shakespeare