Saturday, February 13, 2016

Não tenho de provar nada mais. Devia bastar ser como sou. Conheceres os retalhos do meu coração que afinal também tu tornaste necessários, e os descoseste vezes sem conta. Tudo aquilo que já fui, já entreguei, já provei devia bastar. Mas já não. Não posso continuar a ser vivalma negra em lama ardente - também ela negra. Preciso de poder ser negra mas ter um recanto quente e cheio de luz para onde me recolher. E deverias ser tu a provar a cada instante que ainda o és. Mas já não. Julgas que a sabedoria basta para um coração crente. Que as acções são perdoáveis e que assim as intenções são o que ditam a melodia farta do que se sente. Do que se faz sentir. E porque tentas eu terei de me dar como contente. Porque te conheço. E sei que a tua intenção foi boa e de jeito apaixonado. Mas já não. Não dá mais para tentar explicar estes polos adversos do que sinto. Em como me entrego a ti sem esperar nada em troca, mas o tu nada dares em troca me faz sentir que preciso de esperar. Afinal parece que o amor é absurdo. Que aquilo que dizemos que nunca faremos são promessas falsas. Acho que as promessas não cabem na verdade quando amamos alguém. Mas estranho como sinto que as minhas o fazem. Estranho como eu, com este coração pequenino, já perco o que dizer. Eu. Mas um dia já não.

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