Tuesday, December 27, 2016

Paralizada. Sentir os meus braços e pernas a serem puxados em todas as direcções e mesmo assim não me conseguir mexer. Tentar determinar o porquê das coisas para além do pranto sob-ordinário me toldar a vista, a mente, a força; não conseguir. Que é isso de força? Que é isso de entrega? Que é de mim que pisas. Que é de mim quando a vida muda assim, sem aviso, me tira o chão de baixo dos pés e me diz que aguente? Que é dos meus planos que eram tão cheios e vê-los serem atirados, apodrecidos, às paredes que nem são minhas?

Ver a 100 milhas um dedo meu, e depois outro a 1000km e encontrar pedaços de mim que já nem sei se são pedaços de mim ou de ti, porque éramos apenas um.

Este medo na garganta de não saber ser nada sem ti, não por incapacidade mas porque assim o escolhi. E agora. E agora?

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