Friday, January 07, 2005

Nunca te ganhei muito. Nunca te pedi nada. Nunca significaste muito para mim.
Mas não é isso que sinto quando estamos os dois mais para lá do que para cá. Aí falamos de tudo. De ti, de mim. Não importa, confio em ti e nunca partilhei muito. Gosto de ti à minha maneira.
Magoaste alguém, mas aqui sinto que a mim não me podes magoar.
Perseguiste alguém e esse alguém fartou-te, a arrogância ultrapassou-te, a falta de confiança moveu-te para longe daquilo por que passaram. Estudaste meios para sobreviveres, mas não ligas àquilo que é importante para os outros. Para ti é importante o que queres, o que gostas, o que queres gostar, o que procuras e queres encontrar. Só é de facto teu amigo aquele que se preocupa com as tuas preocupações.
Tens uma fé enorme, um coração do tamanho do mundo, mas parece que de vez em quando ele te cai aos pés e navegas num mar de arrogância, de coisas supérfolas e fúteis e esqueces a fé, preocupando-te com o que os outros pensam ou tu pensas que pensam. Provavelmente pensam mesmo, mas és maior que isso, sei que és. Não passamos muito tempo juntos. Não somos muito amigos. À muita coisa no meio de nós, prioridades para ti e para mim. Mas o meu respeito não finda, o gostar imenso de ti não muda e adorar falar contigo mais para lá do que para cá ser gratificante, aí não há prioridades. Sei que no fundo te preocupas comigo, e adorei ouvir-te, ler-te, sentir o teu coração naquela conversa. Gostei mesmo.
És humano Miguel, um humano espectacular.

No comments: