Wednesday, May 11, 2005

Acordo cansada, e estremulhada. Oiço voos sistemáticos de mosquitos a sobrevoar a minha cabeça como quem sobrevoa a última refeição. Pelo menos de um já foi, que marca agora, 1 centimetro acima da minha almofada, o lugar da sua morte. A delfina já vai ter de limpar. Agarro a almofada preta que atirei ontem para o chão e sento-me alerta. Já vi pelo menos mais dois que me tentam comer à grande. Que inútil. Está um filho da mão no tecto, à espera que eu relaxe outra vez, de luzes apagadas , para tirar tudo aquilo que quiser de mim. São 6 da manha, não sei se ridiculo se não, mas vou manter-me acordada até ir para as aulas. Não posso deixar que eles se aproveitem. Acabei de olhar para o tecto e o mosquito desapareceu. Passei-me e atirei com a almofada ao calhas, gritando, esquecendo que é uma casa adormecida. Ela parece murmurar. Sabem quando acham que é proibido ligar-se o computador, por estar tudo a dormir? Só quero relatar que hoje tinha de dormir. Acho que há alguma coisa que não bate bem, porque ou acordo milhentas vezes durante a noite para não conseguir mais adormecer, ou adormeco na vida e acordo em cima da aula de inglês. Ando cansada de mais. Um mosquito acabou de fazer um voo rasado sobre as minhas pernas vestidas com calções. Aposto que o meu quarto, só pode, é o único quarto que tem tufos de mosquitos à espera para comer, tirar sentimentos e sangue. Sentimentos? Desculpem, enganei-me. Estou cheia de morticidade, elasticidade, mas estou morta de sono. Verdadeiramente cansada. Acho que vou para sala, ver lizzie mcguire, pode ser que me faça esquecer como é possivel numa casa tão grande só existir mosquitos no sítio mais pequeno. O meu quarto.

Verdadeiramente chocada por acordar com o barulho dos mosquitos tipo moscas do fundão. Moscardos. Não fazia a mínima que eles faziam barulho, pensava que eram mais do tipo, crimonosos tipo psico, lâmina na mão atacando apenas num estado totalmente relaxado. Amanha vou passar por uma miuda drogada a arroxar no colo da Lina da Paz. Tratem do meu coração, por favor.

4 comments:

Anonymous said...

Madalena sabes que mais se não o fizes-te devias te-lo feito.Devias ter ido dormir, para que aqueles seres incomudativos te atacassem e te fizessem descansar. Provavelmente ficarias com uma borbulha ao acordar,mas ao menos terias descansado (que bem precisas)."
Ao chegar a casa o mosquito exclama:
- "Durante a noite pousei em cima de uma menina adormecida, cansada e de olhos estafados, arregacei as mangas, puxei do meu ferrão e tirei-lhe sangue, suguei suguei suguei ate ficar cheio e trazer a mercadoria para casa.Mas antes de voltar não deixei reparar numa coisa extraordinariamente bela, sua cara.Estava a sonhar, estava a sorrir, enquanto dormia, estava feliz.Dei-lhe as boas noites (e mesmo que não tenha ouvido) vim-me embora, vim dormir..."

Anonymous said...

Madalena gosto muito das coisas que escreves, continua e ja agora que tal comprar um produto pa matar mosquitos,yah?
vaa bjs

Cho said...

porque anónimo?

Anonymous said...

porque não