Será que posso pegar no telefone e dizer qualquer coisa? Será que posso entrar por aí, por esse mundo de sorrisos, será? Sorris para mim e não sei bem o que sinto. Só sei que olho para baixo e imagino tanto mas tanto, que temo, quando neste mundo sólido em que caio quando te vejo partir todos os dias e dobrar a esquina, finalmente perceber que tu não me pertences. É como cair na realidade, mas não tanto porque mesmo quando imagino sei que não passa disso mesmo. Fico pregada ao computador à espera de te ver chegar. De ver que finalmente entraste. E mesmo assim esperar que vás falar comigo. Muitas vezes não vais, e eu espero eternamente. Mas a maioria das vezes não sais sem deixar um beijinho. Na verdade farto-me de perguntar se alguma coisa significa algo mais. Mas depois vejo-te com as pessoas e sinto que não passa disso mesmo, duas pessoas que nao saiem sem dizer um adeus que seja, nada mais. Não passa disso. Já te disse que gostava de me sentar num sítio qualquer escuro e frio contigo durante uma noite inteira para ter a felicidade de me sentir quente mesmo não fisicamente, porque tu mantens-me quente. Mais não seja de te tocar nas mãos. Não digo que não sonhe, mas finalmente sei que algo de anormal se está a passar.
Num filme qualquer ouvi dizer que era inteligente ter-se medo do próprio medo. Eu cá não sei. Mas tenho medo de ti.
3 comments:
“Quem não arrisca, não petisca”, o povo sabe sempre o que diz (ou quase sempre).
ouch..not the same but alike perhaps, enough to hold my breath and make me won't to let the tears burst, i won't though, you're here beside me, it wouldn't be fair really.
"não existe um filme sem enredo" - quem me disse isto?
Tento-me lembrar da importância que este conselho teve para mim, talvez também devesses..
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