Tuesday, October 04, 2005

caos

tenho medo que as coisas se deixem em pousio assim, que me perca entre mim e a vida que se já me perdeu. Porque entre livros abertos e cansaços que se notam com os suspiros e soluços, eu já não tou aqui, aliás não há em mim nada que me faça ficar. Sou escura, mas também o é o mar à noite, e também o é uma data de coisas, e delas não tenho medo. Não encontro ninguém pleno, ninguém sem maldade, não conheci ninguém assim. Ninguém, só talvez tu pipo, que és também assim escuro como eu- Assim descalço, assim quento e frio nas horas vagas.
Preciso de fugir, sair deste alto das coisas, deste choro entalado. Desta presença contínua de mortalidade, de copos partidos e barulhos da madeira às 4 da manhã. Quero só uma praia, e uma onda, um novo rosto, uma nova chávena de chá, desta vez sem arrefecimento, sem gritos, sem estilhaços.

4 comments:

Anonymous said...

Se es escura e gritas por dentro.. procura a felicidade, procura os teus sonhos. Nao existe outra coisa que nos consiga manter (sobre)vivos. Obrigado Madalena!

Mary said...

E eu gosto de ti! Mesmo assim tão metida no teu ser!
Bjs

Jair said...

O que tu queres sou eu!

s said...

let me put you in an evelope and send ya to fuzeta.