quando estou mais assim como estou agora tenho uma necessidade enorme de me decalcar em memórias que me arregalam e arrepiam. não sou propriemente dada a futuros, talvez por isso acabe tão assim como estou agora, tão mais decepada e cruelmente em baixo. e as memórias não curam, palavra de honra.
estou também doente, o ar custa a passar, e o chá sabe sempre a limão. se não é limão é assim qualquer coisa de sempre igual. no outro dia estava a pensar que não tenho escrito porque tou contente, feliz. quem me tem visto atinge o que eu atingi ainda hoje, à bocado ali na sala de espera do centro de saúde. que não é verdade, de todo.
eu não consigo perceber porque não paro de pensar "isto vai-me fazer falta."
passei ali pelo chiado e pensei, paro no tempo no meu quarto e penso, vou ali a escola e nao consigo deixar de pensar. vai-me tudo fazer tanta falta. vou também sentir falta desta rotina que detesto, porque exactamente mais detesto. as viagens de carro cheias de música com as manas, as chegadas do pai e os recados da mãe.
fora o capitalismo, de certeza, eu vou-me sentir tão mas tão deslocada. e se há coisas que agora já me fazem falta.. o que será de mim?
porque nunca pensei ser eu a partir, juro.
2 comments:
Vai, mas vai depressa...
So queria retificar um erro, que so agora reparei. Eu disse mas vai e queria dizer vem. Peço desculpa pelo erro e pelos maus pensamentos q terei causado
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