Eu não compreendo estas vidas que se esgueiram entre a minha; estes apertos que me fazem o coração gelar. O tempo, escuro e chuvoso não é guerreiro como eu, e por isso detesto-o nesta minha distância crua, severa, inexplicável. É mais que uma simples falta de tudo o que faz parte de mim, é uma aprendizagem de que não preciso de aprender a viver longe. É toda aquela necessidade de descobrir o futuro por detrás das janelas do que já foi, das promessas que se fazem de um amanhã diferente.
É talvez a vivência que se dita imprevista, e não cessa em engasgar-se em meias palavras e acções que não se terminaram, em memórias que se tem, mais e mais a cada novo futuro que se alcança - e que hoje acredito que se tem mesmo de alcançar.
Não há forças dentro de mim, não há nada que tenha trazido que queira largar, e nada adicionei ao que pudesse proclamar. Não estou num vazio, porém não estou também em céu.
Como haver explicações perante os vazios, os fantasmas que me abominam a alma, aqueles que antes me abominavam os sonhos que tinha. A pura realidade é agoniante de sarcasmo, e eu como sou irónica baralho-me em linhas invisiveis de crescimento que detesto. Este querer permanecer pequenina é assim tão ingénuo?
3 comments:
Eu gosto de ti M!
Assim pequenina coo sempre vais parecer para mim. E mesmo ai ao fundo o teu coração chega aqui, de tão grande que se vai tornando, e coisas que não deixa guardar.
Gosto de ti M.
Aqui ou ai. Sempre.
No coração. Prometo.
Diria que é legitimo...Mananena Pan!
Ha ^^
isso acalma, poema que fala de raiva...
acalma. Na verdade sempre as leituras são bem vindas.
tava quase espludindo aqui em cas presisava ler alguma coisa lindo ^^
parabéns...
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