Sunday, February 18, 2007

mãe suprema, mãe de deus

"No castelo, ponho um cotovelo. Em Alfama, descanso o olhar. E assim desfaz-se o novelo, De azul e mar. À ribeira enconsto a cabeça, A almofada, na cama do Tejo, Com lençois bordados à pressa Na cambraia de um beijo. Lisboa menina e moça, menina Da luz que meus olhos vêem tão pura. Teus seios são as colinas, varina. Pregão que me traz à porta, ternura. Cidade a ponto luz bordada, Toalha à beira mar estendida. Lisboa menina e moça, amada. Cidade mulher da minha vida. No terreiro eu passo por ti, Mas da graça eu vejo-te nua Quando um pombo te olha, sorri, És mulher da rua. E no bairro mais alto do sonho, Ponho o fado que soube inventar. Aguardente de vida e medronho Que me faz cantar. Lisboa menina e moça, menina Da luz que meus olhos vêem tão pura. Teus seios são as colinas, varina. Pregão que me traz à porta, ternura. Cidade a ponto luz bordada, Toalha à beira mar estendida. Lisboa menina e moça, amada. Cidade mulher da minha vida."


Todo este frio que sinto dentro de mim, o mesmo que me faz gelar as pontinhas dos dedos destas mãos branquinhas de madalena, não é senão toda a saudade que sinto por ti, Lisboa.

"Haja o que houver, eu estou aqui. Haja o que houver, espero por ti. Volta no vento, o meu amor. Volta depressa, por favor. Há quanto tempo já esqueci, Porque fiquei longe de ti. Cada momento é pior, Volta no vento por favor. Eu sei Quem és para mim. Haja o que houver, Espero por ti."

2 comments:

Mary said...

E faltas aqui tu mê, deste lado do oceano que tende em ficar assim tão escuro e dias curtos e abafados só do calor e cahminés cheias de fumo.
Mas tá quase quase.
Sem ti já nada faz sentido!..

Anonymous said...

Adorei, há algo em vocês que me fazem trazer lembranças,... porque me revejo como num espelho, as melodias de poetas que quando jovens nos nasce de dentro . . . da alma.
Obrigado por todos estes momentos de paixão, saudade e amor.