Wednesday, December 23, 2009
O frio que ao chegar me congelou os ossos, e que entrou por mim como o vento mais gélido e repugnante, foi radicado pelo calor da goteira que adveio de te ver finalmente. as saudades feridas cansavam-me tanto, que julgo que a minha felicidade extrema era somente uma visão do futuro; a chegada ao quarto de um dia de trabalho, não era o descanso anterior a outro dia igual, mas era o penar que não cessava até voltar a ter as nossas mãochinhas, a nossa amizade selvagem, e a segurança infantil que plantámos em redor das guerras perdidas. trazia a expectativa dos presentes por abrir, da voz que reconhecer, os passos pesados, teus, a ecoar no vão da minha escada. e a familiaridade que já é ver-te contrastado com as paredes bejes da minha casa, com o chão por encerar. cessei de te procurar, para te ver em reflexo no olhar dos meus pais, e irmãs, por me saberem já tão tua, como deles.
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