Saturday, March 27, 2010

Dizendo que eu sei ser tudo de mim, quando estou contigo, era simplificar as coisas no seu estado mais leve. A verdade é que não me apercebendo que sou sequer uma pessoa contigo, faz-me crer que já és tão parte de mim, como é a infância, uma casa no mar, e os sonhos realizados. As nódoas das auroras de ontem, já não estão para ficar, quando estou contigo. A minha mão dada à tua, é somente o retrato nosso, porque não darmos as mãos significa que o quadro está em sombra, e nós enraizados nisto tão nosso. Então damos as mãos, gargalhamos, e ascendemos do fundo de nós; o eterno é nostálgico, como se tivessemos já vivido o resto da vida. Não pré-visualizamos já, tememos que o dia seja pouco tempo que ter as mãos enroscadas uma na outra; e adormecemo-nos com elas dadas, sem olhar a distúrbios e a deliquências. E o eu dormir no teu colo, afoga-me nesta tristeza tão feliz, ao realizar que foi tão somente o que sempre fiz, ontem, como o faço hoje. Sussuramos iras descontroladas, as do querer, porque quem tem, quer sempre mais. Incontrolávelmente, isso é o melhor que já tive.

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