os meus tantos mundos paralelos, daquilo que já fui e se amarratou, enlouquecem-me, desiludem-me e põe-me acima de tudo sabedora desta tristeza amarga e sedenta. quero apenas chegar mais longe, e poder sentir compaixão e bondade por quem ergueu bandeiras de guerra no meu peito sempre tão cerrado. apenas quero que me demonstrem fazer sentido, em retorno, mesmo quando não faz. mas o ser humano não muda. matamos a nossa casa, matamos o outro, matamos a família, matamo-nos a nós; já ninguém morre por amor. e é isso que é acima de tudo triste; a imaculada bondade já não brindar a honra humana.
apesar de não querer cessar isto que sou, também nunca o conseguiria. mas é a minha maldição; sentir amor pelas pessoas que passam a meu lado e não me vêem, tendo esta revolta semeada mesmo sabendo que estou condenada. e estes mares que flangelam o meu corpo, coração e olhos, tornam-se naquele conformismo que sempre blasfemei. E é também por isso que sei que não existem muitas pessoas como eu; amaldiçoadas de bondade, de revolta feliz, mas tristes por natureza.
e esta sabedoria rancorosa de choros entalados é nada mais que isso. uma praga brilhante, que as pessoas não compreendem. a bondade não cabe já em ninguém, e o mundo chora, como eu.
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