Monday, August 23, 2010
E esta morte vincada no peito, que se torna vida nos medos soterrados. Estas lembranças tão ardentes que tenho, o conformismo da fé, porque a vida é ter apenas a loucura da lembrança, e a fraqueza da esperança. Mas a morte é não ter, e quando a dor colapsa, é impulsionada pela a revolta da aceitação. E já não somos o mesmo, quando os adeus têm de ser largados aos ventos que nem sequer pertencem aqui. As ruas continuam calcadas, as vidas aprisionadas na pressa. Mas o coração latejado, o orgão morno, sua tristeza, e dói, porque até quando dói, é belo. E o saudosismo, que todos os povos sentem, é tão somente português. Português na sua altura, no seu cheiro, nas suas mãos grandes e na nossa alma tão escura sem si. E perder não só quem se ama, mas quem tão somente se ama, o amor de uma vida, rebenta-me. E imagino perder-lo a ele. E imagino o que poderias dizer na tua morte, no teu largar. And I thank whatever, whatever gods maybe. A diferença será para o resto da vida. E sinto amor. Porque sei quem te amava.
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