Tuesday, September 20, 2011
Cada Homem é sozinho. Esse Homem replecto ou não de humanidade, que devora a flora e o desumano como construções suas, ou meras deduções. Na corrupção da sua doçura juvenil, floresce, acresce a calmaria, a refutação e o conformismo. Não é do nada que se canta de boca em boca que os Homens são belos enquanto jovens. O crescimento é uma mera confusão logística. É se não o desapego à simplicidade, e o temor aos erros sem rancor ou arrependimento. Por isso já não sou, ou fui sequer alguma vez, jovem. Ou fui criança ou idosa, dependendo do dia da semana ou da presença de coração pesado, cansado. Uns que têm senão falta de juvenilidade pastam aos catorze ventos que a vida é senão o hoje que nasce, mesmo à falta de lusco fusco. Os que não podem abandonar a mocidade entornam nas linhas tortas de desilusão a crença de que na vida não há felicidade, apenas momentos soltos de rústica ventura e ardente bem-aventurança. Talvez a criança tenha estranha razão. Os sorrisos bandidos, os sonhos melados, os desassossegos ferventes, brincam com as almas cansadas. Mas não são tão más como as eternas certezas perdidas e o sossego sem luta. Assim, o Homem ou cresce ou não cresce. E quase nunca se apercebe que no fim é isso que somente sobra; a tremente luta que denominar estados ou fases de vidas na prosa mais comum, mais fútil, confusa e serena.
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