Monday, August 19, 2013
O calor infindável que se soletra nos poros mas sem gotejar, já não me faz sentir. Não como dantes. Deixei crescer o cabelo, tanto como o desagrado e faço promessas quem nem esforço por cumprir. Já não sei ser bonita, nem mesmo quanto tento. O meu desagrado à minha própria imagem já se vincou demasiado e já não sei ver nada mais que uma pessoa que perdeu o seu alento, e a sua vontade. Estou marreca, dormente, os meus ossos rangem e sinto ter 20 anos mais que ontem. E nem 12 horas passaram ainda. Estranho ainda assim esta desconsideração grosseira do meu próprio coração. O coração que já não vem só, que é já também dos outros e pouco meu. Mas é murcho e pouco de mim. E pouco meu não é ser pouco de mim. Antes ainda se vislumbrava a minha vontade, o meu sonho. Hoje os sonhos morreram e sinto o coração bater só porque sim. Sem vontade de fechar os olhos e ser nuvens.
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