Saturday, September 07, 2013

De vez em quando o meu coração abranda. Com ele todas as minhas expectativas vão desaguar em todos os meus vasos sanguíneos, e nenhum deles as traz de volta ao coração. Estou dormente, sangrada e cheia de desconsolo. Estou só, como sempre estive, e nunca entendi que tudo não foi se não uma ilusão gasta e gozona. Sou demasiado aconchegada para aceitar tão pouco toque. Sou exigente, e nem me tinha apercebido. Não peço coisas, mas apenas dedicação. Sentido. Bom senso. Amor.

Talvez precise de ter medo novamente. De acelerar o coração em desassossego, como em 16 anos. De me fazer pequenina, de não converter a minha timidez em algo impotente, mas deixá-la ser dolorosa e deixar que essa dor me embale. Como antes.

Talvez precise de estar só. De estar livre de medos perante todos os outros e de mim me esquecer. Esta má habituação de estar acompanhada fez-me esquecer as dores do mundo, as mesmas que as minhas. Fez-me esquecer os sonhos que tinha e a força que tinha para os desembaraçar. Para os triunfar.

Estou só, mais que antes. Mesmo que estejas mesmo a meu lado. Talvez seja altura de sermos sós, sentir o mundo fluir, e os rios abaterem prados, indo desaguar no mesmo mar. 

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