Saber que um erro quase fatal desflora a pele, a enruga e deixa marcas. Não só na nossa mas naquela que toca, que canta a história do que se passou de forma verdadeira e cheia da mesma dor que se reveste o nosso coração. Olhar para trás nas horas e saber que nada do que seja dito, nada do que seja feito, fará esquecer os erros cometidos, as falhas na personalidade que nada têm que ver com a pessoa que somos, e estranhamos, e entranhamos. Mas desta não entranha. O que entranha é a amizade aguda, grave, agreste, em picos desmedidos com que tu te revestiste não interessa o quando custou, fizeste-o. Tentaste entender-me e mesmo quando não conseguiste, apertaste isso contra a dor no teu coração e fizeste dessas dúvidas a nossa força, dessa força a nossa salvação. Desta vez foste tu que nos salvaste, e eu de aliviada passo a grata, eu de tão perdida sinto-me novamente tua, e salva por ti. Afinal sempre há de nós em nós, algo que foi e eu achara ido. Afinal ainda há aquilo que nos faz quem somos juntos, aquela coisa que nos faz brilhar, aquela coisa que nos diz e ao mundo que somos melhor juntos que separados. Há tanto que fazer, tanto que mudar, tanto que retornar, mas hoje, aqui na minha mágoa, neste meu coração em pó e em mar, sei que talvez consigamos retornar. E ser quem estamos destinados a ser juntos. Na grandeza.
No comments:
Post a Comment