Saturday, August 16, 2014

Quem de nós dois decidiu que éramos espaço, que éramos odisseias? Que éramos um do outro como deveríamos ter sido de nós e tão só de nós. Esta dor que percorre a pele, já não se faz osso nem fortalezas. De entre tudo aquilo que fomos e somos, e seremos, cabe somente aquela cor viva de tentarmos a amizade como a nossa sina. As conversas em céu aberto novamente. A dor da pequenez num universo que nos fez encontrar um ao outro. Este fado que fez as nossas células rejubilarem com o toque um do outro. Esta esperança nada vã tão já cheia que hoje contraria o medo de ontem e olho-te mesmo na distância como uma das melhores partes de mim. Este entusiasmo, o choro feliz na garganta, a fé em ti, em nós, no nosso nome escrito para sempre na calçada Líbia. Na calçada do mundo. A aventura de tentarmos ser melhor, mesmo que isso seja tão duro e mesmo que por agora signifique trilharmos o mesmo caminho apenas de braço dado. Como amigos. 

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