Friday, January 11, 2019

Tristes somos todos neste nosso caminho. Mas não somos todos felizes nessa tristeza. E é esse desacato que devemos sempre ter connosco mesmos. Na orla do que sou, sou sempre feliz. No meu âmago, quase sempre sensivelmente triste. E é essa a minha magia - o conhecer o meu coração tão vertiginosamente bem que há conforto nessa solidão. Nesse túmulo de luz e nessa explosão de socorro. Consigo ser tão plena quando grito amor e felicidade, como quando sofro baixios e tristeza. E assim vou e canto o que sei ser. Quero ser do mundo e ser dada em peito aberto, deixar que me mexam nas entranhas e tentem mudar quem eu sou. Os que serão para dar me mão não o tentarão fazer, e é nesse dorido de entrega que vou dedilhado as praias onde me deitar, as nuvens onde dormir. 

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