Wednesday, January 09, 2019

Uma confusão crescente no peito do que sou. A mente embrulha-se em mim, como maré em porto pouco seguro. Não sei bem o que sentir; se o tudo ou o nada. Se aventura ou carinho, se fogo ou gelo. Se ficar ou se partir. Os dias enrolam um aroma dorido. As ruas vão e vêm no meu caminho como adornos que não me aquecem, nem me definem. O sonho cresce mas escoa numa ria de medos e dores. Não há muito que saiba ser em coragem, e por isso deixo-me assim ficar dormente, sem tecto, debaixo de um céu sem estrelas. 

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