Eu estou uma pessoa tão melhor, juro. Antes secalhar iria exigir que me explicasses essas tuas paixões que nem sequer são ditas cheias; tu dirias que não e eu exigiria ainda mais, diria-te que tinhas de ter o bom senso de me contar porque ainda eramos uma sinfonia, especiais. Tu provavelmente irias dizer que não, que já não éramos e que já nunca iriamos ser, e eu ficava distribuida ao meu remoinho de tristezas que chamam a saudade aguda, a consciência pesada.
Hoje eu já não quero saber do teu juízo, das tuas opiniões de mim, mas continuo a querer saber de ti, se continuas a querer estar presente, se pensas em mim, se guardas carinho. Acho que não há mal nisso, afinal eu gosto de ti só que de uma maneira um pouco mais diferente do que antes sentia. Foste somando atitudes que nunca esperei, e não senti que mesmo com toda a razão do mundo me protegesses o quanto pensava que me podias proteger. Estás sempre a dizer que já não pensas no que aconteceu, e que nem eu devo pensar. Mas penso, penso sempre que entras aos tropeções dentro de mim, dentro da minha vida, mesmo que nem pouses no meu olhar e fiques esbatido por aí, porque temos amigos em comum, e eles falam de ti com tal principio de orgulho, de admiração; e nem conseguem perceber o orgulho e admiração que eu acabo por sempre ter por ti, sempre sem excepção. Porque sei que continuo um bocadinho em ti, mesmo que que tejas mais em mim do que esse bocadinho que eu estou em ti. Que ainda gostas de mim como aquilo que supervisionas sem querer proteger de mais, para não dar confiança.
E tu já percebeste que não sou mais aquela pessoa má que te deu chapadas durante meses e meses, em quem guardaste rancores e raivas que momentaneas deixaram as suas marcas, que foda-se tu me fazes lembrar com tal exactidão.
Porque normalmente, e eu sei que se as vezes é inconsciente noutras alturas apercebes-te disso, tu acabas sempre por deixar sair de ti a dor que achas ser suficiente para me atingir; e depois morro quando és um bocadinho mais amoroso, quando me proteges ironicamente mas ainda assim é quente.
E eu que fui criando maneiras de tentar sobreviver sentido-te e deixando-te bem claro em memórias e fumos, indiferenças; sei que não vale a pena o esforço de te deixar de pousar assim dentro de mim como sendo tu, que tu sabes o que és em mim, na verdade crua. E eu estou uma pessoa tão melhor juro, e consigo sorrir para ti, que troquei lagrimas que me faziam vomitar dor a uma esperança do tamanho do mundo que encontrasses um coração do tamanho do teu.
4 comments:
Escreves o que sentes ou sentes porque escreves?
luta
É bonito. Mas m.. vêm ai dias tão melhores, e com sol no teu sorriso; por que é assim que eu te quero ver, e depois sentir.
Gosto de ti M.
Aqui ou ali. Sempre.
No coração. Prometo.
Sinto o mesmo... dói não dói?
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